Juro que não farei nenhuma piada infame nível Sokka com o nome da personagem.
Após tanto tempo sem assistir qualquer coisa, peguei uma semana de férias e devorei todos os episódios de Avatar: A Lenda de Aang e Avatar: A Lenda de Korra livro 1, ambos são produções da Nickelodeon, com autoria de Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, sendo o primeiro de 2005, e o segundo de 2012.
Lembro-me na época em que A Lenda de Aang era transmitido no Brasil, muitos otaquinhos da época ficaram putos da vida por que tinha muita gente achando que era produção japonesa por conta do visual do desenho. Outros condenavam veemente porque era uma “produção americana tentando copiar os japoneses”, e que não tinha nada de espetacular naquela série, e colocavam vários animes em comparação. Na época eu até me considerava otaka, era adolescente e queria me encontrar com gente que gostava das mesmas coisas, mas ao ver que tinha muita gente, mas muita mesmo, falando mal de avatar simplesmente por conta do visual, fiquei angustiada e foi daí que parei de me considerar otaka.
Naquela época eu assistia pouco, já que passava na TV Globinho de manhã, horário em que eu estudava e minha internet era discada, demorando quase o dia todo para baixar um episódio de anime em rmbv, quem dera assistir um vídeo com mais de 5 minutos no youtube que demorava meia hora para carregar? Demorou, mas finalmente consegui assistir por inteiro a primeira série, e agora vou resenhar a segunda.
Naquela época eu assistia pouco, já que passava na TV Globinho de manhã, horário em que eu estudava e minha internet era discada, demorando quase o dia todo para baixar um episódio de anime em rmbv, quem dera assistir um vídeo com mais de 5 minutos no youtube que demorava meia hora para carregar? Demorou, mas finalmente consegui assistir por inteiro a primeira série, e agora vou resenhar a segunda.
Nessa matéria resenharei somente o primeiro livro da série de A lenda de Korra. Os próximos livros ficarão para uma matéria futura.
A História
A série conta a história de Korra, avatar que nasceu na tribo da água depois do falecimento de Aang.
Quando criança, ela já dominava a dobra de água, terra e fogo, mas precisava aprender a dobrar o ar. O único dobrador de ar, Tenzin (um dos filhos de Aang e Katara), é conselheiro da Cidade República, e não podia deixar seu cargo de lado e seguir para a Tribo da Água do Sul, então a garota segue para a cidade para treinar com a família dele.
No entanto, ao chegar na cidade, Korra percebe que existe um grupo de pessoas contra os dobradores, acusando-os de serem repressivos com os não dobradores, e querendo igualdade. Os Igualitários, comandados por um homem misterioso conhecido como Amon, querem retirar a dobra para que assim seja estabelecido o que tanto almejam.
No entanto, ao chegar na cidade, Korra percebe que existe um grupo de pessoas contra os dobradores, acusando-os de serem repressivos com os não dobradores, e querendo igualdade. Os Igualitários, comandados por um homem misterioso conhecido como Amon, querem retirar a dobra para que assim seja estabelecido o que tanto almejam.
No meio de todos os problemas, Korra encontra com dois irmãos, Mako e Bolin, jogadores de uma nova modalidade de esportes na Cidade Republica chamada Pró-dobra, aonde dobradores se enfrentam utilizando seus elementos para atacar o adversário até este sair da arena. O trio é formado e, além de participarem dos campeonatos, eles tentam impedir que o plano de Amon siga adiante.
Entre competições e investigações, Korra precisa aprender a dobra de ar, nada fácil para uma menina agitada e impulsiva como ela.
Entre competições e investigações, Korra precisa aprender a dobra de ar, nada fácil para uma menina agitada e impulsiva como ela.
No quesito animação, ambientação e som, o desenho não deixa a desejar. Os três são ótimos e bem trabalhados, a ambientação é incrível com a cidade no estilo Steampunk bem desenhada e construída, veículos com um design interessante e roupas que aparentam modernidade. Sai o ambiente antigo camponês e entra uma cidade moderna, que em pouco tempo mostra que a tecnologia dentro do mundo de avatar cresceu e se expandiu rapidamente, criando assim novas produções e empresas, o que obrigou a mudar a politica daquele mundo.
A trilha sonora é excelente como sempre foi desde o primeiro avatar, se encaixando perfeitamente no mundo em que se encontram os personagens.
A execução durante os episódios foi ótima, mas alguns momentos se tornam corridos por conta de serem somente 12 episódios. O tema é um ótimo dentro de avatar: uma luta social entre os dobradores e não-dobradores. Ele poderia ter sido melhor trabalhado, assim como os romances que aconteceram.
A Cidade Republica tem uma bela ambientação, um lugar com tecnologia Steampunk sem aquele exagero de coisas gigantes ou absurdas, apesar de puxar muito mais para a modernidade do que para o clima vitoriano que é comum nesse tipo de cenário.
A criação do esporte Pró-dobra também foi uma boa sacada. Assim como a série Harry Potter tem o quadribol, em Avatar temos as "lutas" de dobra profissional, uma exibição dos poderes dos três elementos predominante na população em uma competição em arena.
Os Personagens
Korra
Korra vem da Tribo da Água do Sul e desde criança domina os elementos água, terra e fogo. Como Avatar, ela precisa dominar os quatro elementos, mas não consegue dominar o ar por este ser o elemento oposto a sua personalidade rebelde, explosiva e agitada. Decide ir para Cidade República para aprender com Tenzin como dominar o elemento, mas não parece ser uma tarefa fácil. Ela aceita rapidamente o seu papel como Avatar, no entanto, precisa aprender a se conectar com o mundo espiritual se quiser ser poderosa. Assim como Aang, ela precisa aprender muita coisa que só a vida lhe ensinará.
Bolin
Bolin é um dobrador de terra que participa dos jogos Pró-dobra no time Furões de Fogo. Irmão mais novo de Mako, ainda é um molecão e tem uma queda por Korra, e ao contrário do irmão, é entusiasmado, otimista e parrudinho. É um dos personagens mais divertidos da série, e nesse livro serve como boa parte do alívio cômico. Ao contrário de Sokka, ele tem piadas menos idiotas e seu humor se baseia nas caras e bocas que vive fazendo.
É um dos personagens que mais gostei por ser carismático e gente boa.
Mako
Irmão mais velho de Bolin, Mako é um dominador de fogo e líder do grupo Furões de Fogo. Desde cedo ficou órfão quando seus pais foram mortos por um dobrador de fogo, e por esse motivo teve que se virar nas ruas protegendo seu irmão e sobreviver. Maduro e sério, sempre tenta manter a cabeça e criar bons planos para quando a coisa aperta.
Mako não foi um personagem que me impressionou tanto. Para falar a verdade, achei-o sem graça.
Tenzin
Um dos filhos de Aang e Katara, único dominador do ar da família. Tem três filhos e um quarto a caminho, é o conselheiro de Cidade Republica e tenta seguir os passos de seu pai para com a cidade. Tradicionalista, faz de tudo para transmitir a cultura dos nômades do ar com seus treinamentos de relaxamento, calma e meditação. É o mestre de Korra, mas que não consegue controla-la ou ensina-la direito por esta ser extremamente oposta a ele.
Amon
Líder misterioso dos Igualitários. Por alguma razão ele é contra os dobradores e tem a técnica de tirar a dobra de qualquer pessoa, o que - segundo ele - transformará a pessoa numa não-dobradora, trazendo assim a suposta igualdade. Furtivo e rápido, não se intimida com a presença de nenhum dobrador e nem mesmo da Avatar.
É o primeiro inimigo da série, com um objetivo peculiar e interessante que poderia ser melhor trabalhado.
Outros Personagens
Alem desses, outros personagens importantes também aparecem: Li BeiFong, filha de Toph, e o oposto completo da mãe, ela é uma senhora responsável e mão de ferro... literalmente. Dominadora do metal, é chefe da policia da Cidade República e não gosta muito de Korra, pois esta normalmente desrespeita a autoridade ou lei que BeiFong tanto protege.
Asami Sato é filha de Hiroshi Sato, dono de uma empresa de Satomoveis. Ótima pilota, conhece Mako em um (quase) acidente com sua moto e faz com que seu pai patrocine os Furões de Fogo no torneio Pró-dobra. Não é dobradora, mas utiliza a melhor tecnologia para ajudar Korra contra os igualitários. Acaba por namorar Mako.
Tarrlok, membro do conselho das Republicas Unidas, monta uma milicia para deter Amon e seu grupo. É dobrador de água e um cara inconveniente.
Katara, a unica restante do grupo antigo até o momento e conselheira de Korra durante seu treinamento e avó dos três pirralhos filhos de Tenzin, todos dobradores de ar.
Há outros personagens que ainda aparecem, porém não tem tanta importância assim. Todos esses personagens são interessantes e tem suas peculiaridades e até surpresas, afinal, a filha de Toph respeitar e ser representante da lei é uma coisa surpreendente vinda de quem vem!
Minha Opinião
Este livro de Avatar foi uma mini-série de 12 episódios, algo que sinceramente não o deixou tão extraordinário quanto deveria ser. É uma animação competente, mas tentar fazer círculos fechados não foi uma boa ideia. Avatar é uma história competente para ser uma saga do mesmo tamanho que foi o primeiro, é um universo muito rico para ser trabalhado sem se tornar massante, pois o pessoal da Nickelodeon consegue fazer boas produções.
Enquanto Aang era um menino infantil e que precisou aprender suas técnicas enquanto crescia em um mundo a beira de uma guerra, que de fato aconteceu... ou quase, Korra se mostra uma personagem imatura, rebelde e que não gosta de seguir ordens, como boa parte dos adolescentes, precisando aprender muita coisa em seu caminho para finalmente se tornar uma Avatar.
Mas é um desenho animado que vale assistir sim, principalmente para quem é fã de Avatar: A Lenda de Aang.