Eu não sou grande fã de filmes de super-heróis, mas quando vi que a opinião da crítica sobre Mulher Maravilha era positiva, decidi dar uma chance para o filme. Já é interessante ver uma super-heroína recebendo um filme solo, e o fato de Snyder não estar na direção foi interessante e levemente animador. Eu assisti ao filme dublado e em 3D. A obra tem 2h 21m e foi dirigida por Patty Jenkins.
História
Somos introduzidos a origem da personagem, já que a dela é a menos conhecida pelo grande publico. Vemos brevemente sobre a vida das Amazonas e sua mitologia de criação até sermos introduzidos a trama principal através de Steve Trevor, um piloto Inglês que cai na ilha ao ser perseguido por soldados alemães. Diana então confronta sua mãe, pedindo permissão para sair da ilha e tentar dar um fim à guerra da qual Steve fala, acreditando que ela seja culpa de Ares.
O resto da trama acompanha a missão dos dois e mais um pequeno grupo de conhecidos de Steve, em meio aos horrores da Primeira Guerra Mundial. Durante sua extensão, temos um bom desenvolvimento dos personagens, mesmo dos vilões, mas principalmente de Diana. Apesar disso, o confronto final do filme deixa muito a desejar.
Personagens
Diana é uma figura interessante. Uma mulher forte e focada desde muito pequena, fugindo escondida para treinar com sua tia, e decidindo ignorar a opinião de sua mãe quando essa diz que não a permitirá sair da ilha. Diferente do que se assume, a personagem não é tratada como inocente ao mundo de fora, e ao assumir isso, Steve é alvo de piada. Entretanto, ela não entende completamente a sociedade do novo mundo, e tem uma visão romantizada sobre a guerra e as pessoas, acreditando que o ódio e a maldade só podem ser causados por influência divina. Seu desenvolvimento é o ponto mais alto do filme.
Embora seja uma pessoa de moralidade nobre, Steve é mais espião que soldado. Somado a sua visão mais crua da realidade da guerra, ele se torna um par maravilhoso para interagir com Diana, gerando bons embates morais, mas também bons momentos de respiro.
Sameer, Charlie e Chefe formam o resto do grupo que Steve contrata para ajudá-los na missão. Embora nenhum deles receba imenso destaque durante o filme, todos ainda tem um pouco de desenvolvimento. Charlie tem um pequeno arco que acaba sendo meio pobre, e poderia ter recebido mais 2 ou 3 minutos de tela. Sameer e Chefe apenas revelam parte da sua história em momentos propícios, pontuando o filme com gotas de apoio a causas sociais que creio que nem a mais irracional das pessoas conseguirá criticar.
Produção
A ilha onde Diana cresceu é visualmente incrível e bem colorida. Embora Londres e o fronte de guerra tenhamos tons mais frios e cinzentos, a maior parte das cenas em ambientes fechados contam com cores quentes.
O filme conta com enquadramentos bonitos nas cenas mais calmas, mas a fotografia brilha de verdade no combate. Embora em alguns momentos a coreografia possa ser cartunesca de mais, deixando ações com um tom quase cômico, a maior parte das lutas são bem-feitas e fáceis de acompanhar, sem cortes excessivos que as tornem confusas ou não mostrem golpes. A falta de sangue nas lutas entretanto incomoda, com todas as balas e golpes de espada mostrados.
O roteiro é muito bem executado, conseguindo evitar cenas em que nada seja desenvolvido. O filme se leva um pouco menos a sério entre as cenas de ação, fazendo algumas boas piadas e brincadeiras entre os personagens, e até mesmo com os vilões.
Spoiler maior sobre o final do filme a frente. Pare de ler por aqui se ainda pretende assistir.
Nem tudo são flores. Embora em sua maior parte o filme seja bem executado e divertido, seu trecho final cai bastante em qualidade. Temos a revelação de quem é Ares, e Diana o enfrenta frente a frente. O problema é que é difícil comprar o vilão principal, pois você não consegue enxergar o ator escalado como deus da guerra. O roteiro também não ajuda, com frases extremamente cartunescas e bobas que ficariam fora de lugar até em um desenho como Super Amigos, e o dublador entrega as linhas de forma péssima. Até o visual consegue ser terrível, com um vilão feito de uma CG muito porca, e uma Diana despertando seus grandes poderes e fazendo patinação artística no asfalto enquanto derruba soldados alemães de forma ridícula. Bem, ao menos a última imagem antes de cortar para a cena de encerramento é bonita.
Em geral, eu gostei de Mulher Maravilha. Mesmo o final do filme não é o suficiente pra abalar de forma pesada minha opinião em relação a execução do roteiro. Não é uma história muito inovadora, e em 30 minutos de filme eu já tinha certeza sobre como seria o final, mas ele ainda é um filme bem-feito e divertido. Tenham uma boa semana!
História
Somos introduzidos a origem da personagem, já que a dela é a menos conhecida pelo grande publico. Vemos brevemente sobre a vida das Amazonas e sua mitologia de criação até sermos introduzidos a trama principal através de Steve Trevor, um piloto Inglês que cai na ilha ao ser perseguido por soldados alemães. Diana então confronta sua mãe, pedindo permissão para sair da ilha e tentar dar um fim à guerra da qual Steve fala, acreditando que ela seja culpa de Ares.
O resto da trama acompanha a missão dos dois e mais um pequeno grupo de conhecidos de Steve, em meio aos horrores da Primeira Guerra Mundial. Durante sua extensão, temos um bom desenvolvimento dos personagens, mesmo dos vilões, mas principalmente de Diana. Apesar disso, o confronto final do filme deixa muito a desejar.
Personagens
Diana é uma figura interessante. Uma mulher forte e focada desde muito pequena, fugindo escondida para treinar com sua tia, e decidindo ignorar a opinião de sua mãe quando essa diz que não a permitirá sair da ilha. Diferente do que se assume, a personagem não é tratada como inocente ao mundo de fora, e ao assumir isso, Steve é alvo de piada. Entretanto, ela não entende completamente a sociedade do novo mundo, e tem uma visão romantizada sobre a guerra e as pessoas, acreditando que o ódio e a maldade só podem ser causados por influência divina. Seu desenvolvimento é o ponto mais alto do filme.
Embora seja uma pessoa de moralidade nobre, Steve é mais espião que soldado. Somado a sua visão mais crua da realidade da guerra, ele se torna um par maravilhoso para interagir com Diana, gerando bons embates morais, mas também bons momentos de respiro.
Sameer, Charlie e Chefe formam o resto do grupo que Steve contrata para ajudá-los na missão. Embora nenhum deles receba imenso destaque durante o filme, todos ainda tem um pouco de desenvolvimento. Charlie tem um pequeno arco que acaba sendo meio pobre, e poderia ter recebido mais 2 ou 3 minutos de tela. Sameer e Chefe apenas revelam parte da sua história em momentos propícios, pontuando o filme com gotas de apoio a causas sociais que creio que nem a mais irracional das pessoas conseguirá criticar.
A ilha onde Diana cresceu é visualmente incrível e bem colorida. Embora Londres e o fronte de guerra tenhamos tons mais frios e cinzentos, a maior parte das cenas em ambientes fechados contam com cores quentes.
O filme conta com enquadramentos bonitos nas cenas mais calmas, mas a fotografia brilha de verdade no combate. Embora em alguns momentos a coreografia possa ser cartunesca de mais, deixando ações com um tom quase cômico, a maior parte das lutas são bem-feitas e fáceis de acompanhar, sem cortes excessivos que as tornem confusas ou não mostrem golpes. A falta de sangue nas lutas entretanto incomoda, com todas as balas e golpes de espada mostrados.
O roteiro é muito bem executado, conseguindo evitar cenas em que nada seja desenvolvido. O filme se leva um pouco menos a sério entre as cenas de ação, fazendo algumas boas piadas e brincadeiras entre os personagens, e até mesmo com os vilões.
Spoiler maior sobre o final do filme a frente. Pare de ler por aqui se ainda pretende assistir.
Nem tudo são flores. Embora em sua maior parte o filme seja bem executado e divertido, seu trecho final cai bastante em qualidade. Temos a revelação de quem é Ares, e Diana o enfrenta frente a frente. O problema é que é difícil comprar o vilão principal, pois você não consegue enxergar o ator escalado como deus da guerra. O roteiro também não ajuda, com frases extremamente cartunescas e bobas que ficariam fora de lugar até em um desenho como Super Amigos, e o dublador entrega as linhas de forma péssima. Até o visual consegue ser terrível, com um vilão feito de uma CG muito porca, e uma Diana despertando seus grandes poderes e fazendo patinação artística no asfalto enquanto derruba soldados alemães de forma ridícula. Bem, ao menos a última imagem antes de cortar para a cena de encerramento é bonita.
Em geral, eu gostei de Mulher Maravilha. Mesmo o final do filme não é o suficiente pra abalar de forma pesada minha opinião em relação a execução do roteiro. Não é uma história muito inovadora, e em 30 minutos de filme eu já tinha certeza sobre como seria o final, mas ele ainda é um filme bem-feito e divertido. Tenham uma boa semana!
Eu sou o deus do bigodinho! |
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