Como não sou popular, tenho um cachorro que lê em seu tempo Livre!
Porque falar de um anime se posso falar de três de uma vez? É estranho porque eu sempre faço matérias falando sobre a história, a produção e os personagens. Desta vez farei a mesma coisa, só que simplificado, já que são animes curtos e sem tantos detalhes para serem questionados.
Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaetemo Omaera ga Warui, Inu to Hasami wa Tsukaiyou e Free! foram animes da temporada de Verão de 2013 e como eu estava acompanhando-os resolvi fazer uma matéria com os três de uma só vez. A matéria estará separada por animes.
Inu to Hasami wa Tsukaiyou
Conta a história de Harumi Kazuhito, um garoto colegial que ama livros e é um grande fã de Akiyama Shinobu, cuja série de livros contava com o titulo de cada um dos sete pecados, embora o livro "Luxúria" não tivesse sido lançado. Um belo dia em uma lanchonete, o rapaz lia seu livro até que um bandido assaltou a loja e ao ameaçar uma moça que estava escrevendo. Harumi tenta salva-la e leva um tiro, ocasionando sua morte. Não aceitando seu destino ao morrer sem ler o ultimo livro de Akiyama Shinobu, o rapaz acaba voltando a vida no corpo de um cachorrinho.
Alguns dias depois ele é adotado pela mesma garota que salvou de ser morta na lanchonete, descobrindo que ela também é uma escritora, Natsuno Kirihime, que por algum motivo consegue conversa com Harumi em sua forma de cachorro. Ela mora em um apartamento cheio de livros, fazendo com que o rapaz-cão se sinta no paraíso, isso quando ele não fala algo que Natsuno não gosta e é cortado com a tesoura da garota, que parece ser sua arma. O objetivo da história muda conforme os episódios, mas todos acabam seguindo a linha de raciocínio que é fazer Akiyama escrever o seu último livro, enquanto eventos estranhos acontecem a toda hora, sejam pessoas sendo atacadas, influenciadas pelos livros que leram, garotas aleatórias que estão lá para encher linguiça, a irmã de Harumi que tenta resgata-lo de Natsuno, entre outras bizarrices sem pé nem cabeça.
O ponto mais chamativo do anime é o relacionamento de Natsuno e Harumi. A garota é apaixonada por ele, mesmo que viva espancando-o ou cortando seus pelos com a tesoura. É estranho ver o tom zoofilico, mas ele não vai chocar ninguém, fazendo parte apenas da comédia.
O anime é mediano, é daquele tipo que você assiste se não tiver nada melhor para fazer. A história é clichê e não tão empolgante, e muitos personagens ali ficaram sem um foco definido, como a cantora loira que aparece aleatoriamente com o mesmo discurso ou os musculosos de uma academia que vivem se mostrando por onde passam.
Produzida pela Gonzo, tem 12 episódios, e é baseada em uma Light Novel de Shunsuke Sarai e ilustrada por Tetsuhiro Nabeshima, lançado em 2013. A qualidade da animação é mediana, não trazendo nada de inovador em sua arte, e a trilha sonora é mediana. Descobrir se Natsuno finalmente escreverá seu livro ou se Harumi voltará a ser humano é o que me fez acompanhar a série.
Se eu recomendo? É como eu disse: é o anime que você vê se não tiver nada pra fazer naquele dia. Não é ruim, mas também não é algo espetacular. E porque me interessei nesse anime? A capa em que Harumi está assustado me fez ficar interessada, é, me julguem.
Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaetemo Omaera ga Warui (Watamote)
Conta a vida de Tomoko Kurosaki, uma garota extremamente tímida e introvertida em seu primeiro ano do colegial. A garota acreditava que seria super popular quando entrasse no colegial, mas notou que isso não irá acontecer de um dia para o outro e terá que aprender a ser sociável. Graças a sua reclusão, ela se tornou uma garota pervertida, cheia de ideias esquisitas e viciada em Visual Novel.
Durante o anime vimos sua progressão e tentativas de comunicação com as pessoas, sempre se refugiando em seu próprio mundo para poder se sentir melhor em situações vexatórias, que acontecem constantemente. Sempre dialogando com seu irmão mais novo, que a vê como uma esquisita, tenta arranjar variadas formas de se tornar popular, e acaba frustrada por conta de suas próprias atitudes.
Tomoko pode representar muitas pessoas que se retraem em seus mundos e não conseguem ser sociáveis, mas ela sempre está disposta a melhorar sua atitude perante os outros, sem revelar seus pensamentos sujos e pervertidos por ai. É uma personagem interessante e que vive dando vergonha alheia por suas atitudes, mas isso não parece a abalar tanto quanto deveria. É solitária e tem uma visão sombria sobre o mundo, o que deixa sua mãe e as vezes seu irmão preocupados, apesar desse não ligar tanto para o que ela faz.
O anime é bem interessante, segue uma linha tragicômica, é divertido e vale a pena assistir, principalmente para aqueles que se intitulam otakus, afinal, Tomoko é uma otaku, vive enfiada em seu quarto lendo mangá, jogando visual novel ou coisas do tipo.
Nem todo episódio ela se da mal ou ocorre ao contrário do que ela planejou, mas a grande maioria fará com que muitos pausem o anime para que a vergonha passe antes de continuar. Uma coisa que ela nunca fez, ou tentou evitar por tantos anos era olhar para si mesma e perceber o que está errado e tentar melhorar, o que a deixará chocada por um bom tempo, afinal, tudo o que ela criou sobre si mesma decorreu de anos jogando e vivendo em seu próprio mundo, tendo medo de olhar para a realidade e ver como ela realmente é. Sua amiga Yu-chan é seu contrate. Ela não aparece tanto no anime, mas sua presença já é o suficiente para demonstrar a diferença entre uma garota que vive reclusa em seu próprio mundo de uma que vive sua vida fora da casca.
Baseado no mangá de Nico Tanigawa, produzida pela Square Enix, também possui 12 episódios. A qualidade de animação é boa, utilizando-se de camadas para fazer a sombra e luz ambiente, gerando um ar peculiar. Sua trilha sonora é boa, mas não chega a ser tão marcante quanto a sua abertura, com a qual ele brinca em alguns episódios.
O desenvolvimento da personagem dentro do anime é ótimo, e você nota a progressão de uma garota que quase não falava com ninguém para alguém que consegue dizer ao menos “Sayonara” ou “Arigatou” para estranhos, e acredite, isso é complicado para ela.
Vale a pena assistir, recomendo pelo desenvolvimento tanto da personagem quanto da história, além das piadinhas e referencia a alguns animes e jogos. Como eu assisti esse anime? O Lucas me mostrou ele e curti bastante.
Free!
Haruka é o protagonista do anime, um jovem nadador que pratica o nado livre, mas por algum motivo pessoal desistiu de competir em campeonatos. Rin é um de seus amigos que fez intercambio e agora estuda em uma escola particular com ótimo conceito em natação, mostrando o quão bom ele é e que nem Haruka pode derrota-lo.
Makoto e Nagisa são os dois outros amigos de Haruka que sempre estão ao lado do rapaz, seja para nadar, para se divertir ou passar o tempo juntos, mas com a entrada no colégio, resolveram abrir um clube de natação como nos velhos tempo. Para fundar o clube eles precisariam de quatro pessoas, e como seu grupo ficou fragmentado, Nagisa acaba descobrindo Rei, um rapaz que faz parte do clube de atletismo, e após muito esforço, convence o rapaz a nadar.
O objetivo do grupo agora é fazer de tudo para participar do campeonato entre as escolas, tanto no municipal quanto no regional, e consequentemente enfrentando Rin durante suas disputas. O anime não só gira em torno da natação, mas também da relação entre os rapazes - de amizade, antes que alguém pense coisas a mais - e descobrir o que houve entre Haruka e Rin antes deste fazer seu intercambio.
Além dos rapazes, também temos Gou, uma garota que se torna gerente do clube de natação, claramente com a intenção de ficar vendo os rapazes de sunga todos os dias, a professora Miho que um dia foi estilista de roupas de banho, mas por algum motivo desistiu dessa carreira e se tornou professora, e Seijuro, antigo treinador dos rapazes quando eles eram crianças, que possui um corte de cabelo estranho.
Ele foi um anime um tanto inusitado, afinal, tudo começou com uma propaganda viral de uma animação do estúdio Kyoto Animation onde os rapazes apareciam e diziam ser moe para garotas, que não é de se espantar vindo de um estúdio que vive criando moe. Apesar de tantos rapazes mostrando seus bíceps e tríceps no anime, não é shounen-ai ou yaoi, apesar de brincar com isso. Não é uma história tão elaborada ou coisa do tipo, mas é fluida e gostosa de assistir, e mesmo quem não é tão fã de animes de esporte como eu acaba curtindo.
A animação é bonita, os efeitos de água na piscina ou quando os rapazes nadam são bem feitos, e a qualidade não fica só nisso, pois a animação em si é linda, colorida e bem feita. As músicas também são legais e animadas, e as brincadeiras com as cenas de fanservice para garotas acabam dando um ar divertido pro anime, e olhe que não sou muito chegada em shounen-ai.
É um anime que vale a pena dar chance, mesmo tendo uma história simples e nada inovadora, afinal, ele não foi baseado em nenhum mangá ou qualquer coisa do tipo, e por isso até o desenvolvimento dos personagens acabam recaindo somente em Haruka e Rin, e claro, deu para notar que outro objetivo foi trazer fanservice para garotas, afinal, todos os homens ali são definidos. Porque eu vi esse anime? Por causa do trailer, fiquei intrigada ao ver um moe com garotos e queria ver se ele cairia no lado yaoi, mas pelo visto, não caiu, e por isso está de parabéns. Não que eu tenha algo contra yaoi, mas vou ser sincera: se fosse yaoi seria clichê demais.