terça-feira, 5 de abril de 2016

Final Fight

12:00:00 Escrito por Nyu ,
E quem nunca sonhou em sair pelas ruas batendo em bando de jovens delinquentes, fazendo justiça com as próprias mãos?

Certo, se você fizer isso, das duas uma: ou você vai ser espancado e morto pelos delinquentes ou vai ser preso. Hoje estou trazendo uma sessão mais nostálgica sobre um jogo dos anos 80 e 90 que fez muito sucesso, e que até hoje é bastante lembrado.

O primeiro jogo de Final Fight foi lançado para Arcade, aquelas enormes máquinas que haviam nos bares e lojinhas de esquina por ai, em 1989. Mas para aqueles que na época não puderam jogar e gastar seu dinheirinho em fichas, ele foi lançado posteriormente para o Super Nintendo, com algumas mudanças que desagradaram bastante os fãs. Caso você queira reviver esses momentos, conseguirá encontrar o jogo facilmente pela internet em vários sites, como esse aqui.

História

Tudo acontece em Metro City, uma cidade que está sob o domínio de uma gangue chamada Mad Gear. A população, já de saco cheio com os abusos da gangue e a falta de segurança que existia, decidiu eleger um ex-lutador de luta livre como prefeito para resolver os problemas.

O prefeito Mike Haggar cumpre o prometido, dando uma lição na gangue e restaurando a paz e a harmonia da cidade. Mas isso não dura muito tempo, pois sua querida e amada filha foi raptada pelo chefão da Mad Gear e ninguém pode fazer nada para resgatá-la.

Haggar resolve ir atrás por si mesmo, junto com o namorado de sua filha, Cody, e um ninja urbano chamado Guy. Agora eles atravessarão toda a cidade em busca da princesa garota raptada, socando qualquer um que se meter em seu caminho.

Após salvar sua filha e mandá-la em uma viagem com Cody, Haggar finalmente tem uma folga e pode administrar a cidade com mais tranquilidade. Até que Maki, amiga e provável cunhada de Guy liga para o prefeito avisando que um grupo de mafiosos raptou seu pai e sua irmã.

Haggar resolve ajudar a garota nesse novo combate, já que Guy está ausente por conta de seus intensos treinos ninjas, enquanto sua esposa e seu sogro se encontram nas mãos de um terrível mafioso. Carlos Miyamoto aparece para ajudar a dupla... porque sim.

Enquanto Haggar estava viajando pelo mundo atrás da família de seu amigo, uma gangue aproveitou sua ausência para se instalar em Metro City novamente. Lucy, uma inspetora da polícia chama o prefeito para resolverem juntos essa parada. Mas eles não estão sozinhos: Guy volta para ajudá-los a derrotar a nova gangue, e Dean, um ex-baderneiro junta-se a causa porque sim.

Por fim, podemos fazer uma ligação com toda essa história e criar a teoria de que a gangue queria dominar a cidade, mas para isso precisava dar um jeito no prefeito e por isso o fizeram viajar ao redor do mundo, na tentativa de matá-lo de alguma forma. Ser prefeito de Metro City não está fácil.

A Polêmica

Como disse, houve muita polêmica por causa de um dos personagens na época do lançamento para Super Nintendo. E sim, estou falando dela: Poison.

Há muitas controvérsias em sua história, desde gente falando que ela, desde sua criação, era uma mulher desde o nascimento, mas por causa da censura dos conservadores na época por não querer ver mulheres apanhando nos jogos, então eles mudaram a skin para um cara com trejeitos femininos. Depois mudaram novamente para a Poison que conhecemos em versões mais recentes do jogo. Isso sem contar que dizem que os pensamentos da época eram: “Ah, mas ela não é mulher, é transsexual” e por isso tá tudo bem em bater nela. Aham, sei. Ainda bem que o mundo ta mudando.

Ai temos esse vídeo onde o cara mostra com o máximo de informações que ele conseguiu sobre a personagem já ser uma mulher trans desde sua criação, e também explica o porque mudaram sua skin no jogo do SNES. Seja lá a versão que você considere a verdadeira, aconteceu essa troca e o motivo sempre será idiota.

No segundo jogo também tivemos esse problema, mas como ele não foi tão polêmico quanto da Poison, quase não há informações sobre as duas personagens que foram trocadas por caras afeminados. Pelo menos em Final Fight 3 isso não aconteceu e podemos ver duas personagens femininas como inimigas.

Sobre o Jogo

O jogo é um beat'em up, muito comum naquela época, mas Final Fight se destacou por ter uma jogabilidade um pouco diferente, como, por exemplo, permitir jogar com um amigo, personagens com diferenças, o que ajudava ou atrapalhava dependendo da forma que você jogava, etc. Além disso, você poderia bater em seu amigo caso não tomasse cuidado, além de terem um pouco mais de liberdade em andar pelo cenário.


Ele também trazia objetos para serem usados como armas, o que ajudava a dar um dano extra nos inimigos. Temos o famoso elemento “comida” e “bebida” que restaurava sua vida quando pegas. E tudo isso era encontrado pelo cenário, quebrando caixas e tambores. As fases traziam uma grande distinção de onde você estava indo, podendo andar por metros, píer, ruas, vielas, shoppings, dojos, etc, e o jogo tinha uma arte bonita para a época.

Por ser um jogo da Capcom, algumas vezes podíamos encontrar alguns personagens de Street Fighter espalhados pelo cenário, como a Chun-Li em uma das fases iniciais do segundo jogo, ou então o Guile ao fundo quando enfrentamos o primeiro chefão no primeiro jogo.

E falando sobre os inimigos, eles eram muitos, sendo capazes de te derrotar muito mais rápido que os próprios chefões. Contando que o primeiro jogo foi feito numa época onde cada morte era uma ficha de jogo que ia, não é de se admirar que fariam o jogo difícil para tirar vantagem dos meros mortais viciados em jogos.

Fica aqui aquele momento de nostalgia de um ótimo jogo dos anos 80-90 que deixou saudades. Espero que tenham gostado de relembrar ou até mesmo conhecer Final Fight, toda sua história e um pouco de sua polêmica e jogabilidade.