Quinta-feira, às 10 da manhã. Esse é o único momento em que podemos viver.
Watashitachi no Shiawase na Jikan (Nossos Momentos de Felicidade) é um manga feito por Mizu Sahara, adaptação do romance escrito pela sul coreana Ji-young Gong em 2005. Essa analise se baseia apenas no manga, que tem apenas um volume.
Curiosidade: Mizu Sahara é um dos três pseudônimos de uma mangaka. Ela publica histórias seinen como Mizu Sahara, yaoi como Yumeka Sumomo, e shoujo como Keita Sahara.
Iniciando pelo aspecto técnico, o manga é muito bem feito. Os desenhos são belos, e detalhes como as linhas de expressão das personagens mais velhas trazem um tom bem agradável. A quadrinização e arte final são igualmente bonitos. Se existe algo de que se possa reclamara, é que os balões não indicam que personagem está falando - embora eu não tenha sentido nenhuma dificuldade de entendimento graças a isso.
Ele trata da história de dois personagens: Juri Matou, uma ex pianista, e Yuu, um presidiário no corredor da morte. As histórias de ambos está conectada pelo passado, e também pelo presente, mas principalmente porque ambos não veem mais qualquer motivo para continuar vivendo.
A partir daqui, o artigo trará spoilers (sim, de uma história de 8 capítulos), portanto, se não quiser perder qualquer surpresa, pule para o final. Ou vá ler logo e volte, porque não deve demorar nem uma hora para terminar.
A razão de ambos os personagens desejarem acabar com suas vidas reside em seu passado. Acredito que boa parte da mensagem do mangá reside no fato de que ninguém é uma ilha - nenhum ser humano consegue viver sozinho. Não de forma física, afinal vivemos em sociedade, mas sem alguém com quem se abrir e expor seus sentimentos.
Juri era pianista até seus 16 anos. Sua mãe foi uma pianista famosa, mas graças a complicações no parto, perdeu o movimento de uma das mãos. A menina, se sentindo em dívida com a mãe, tocava piano para ela sempre. Os únicos momentos em que podia ser uma pessoa que não vivia pela mãe era durante o inverno, quando ela saia constantemente para brincar com outras crianças. Aos 16 anos, ela foi violentada por seu professor de piano. Sua mãe não acreditou no que ela dizia, e como vingança, a garota decidiu que nunca mais tocaria.
Yuu cresceu em um lar perturbado. Sua mãe abandonou a família quando ele era jovem, deixando o garoto e seu irmão aos cuidados de um pai bêbado e violento. O pai morreu não muito depois, graças a bebida, e Yuu e o irmão - cego, graças à violência que sofreu - foram para um orfanato. Graças a diversos problemas, ambos foram morar na rua. Yuu se prostituía para conseguir dinheiro para cuidar do irmão - que por sua vez, se culpava por tornar a vida de Yuu tão triste. Quando seu irmão foi atropelado por um carro, o garoto começou a descontar sua raiva em crimes - tanto roubos quanto violência.
Um homem estranho oferecia dinheiro apenas para ver Yuu e seus amigos machucando pessoas. Mas com o tempo, Yuu encontrou outro garoto sem casa, e tentou se endireitar, arranjando um emprego de verdade. Mas o garoto também foi atropelado. Ao receber outra proposta do homem para matar uma mãe e seu bebê, ele tomou um guarda-chuva do braço dela e matou o homem - derrubando a mãe e a criança nos trilhos do trem no processo, e sendo condenado a execução.
Como personagens secundários da história, temos Monica, tia freira de Juri, que também teve o filho morto em um atropelamento de moto, e Jirou Inoue, um homem bondoso que tenta tornar o resto da vida de Yuu menos terrível. Monica obriga a sobrinha a ir com ela visitar Yuu depois que Juri tentou se matar pela terceira vez. A partir desse encontro inicial, as coisas começam a se desenvolver entre os dois.
Juri e Yuu descobrem um no outro aquilo que precisavam a tanto tempo - alguém com quem possam se abrir, ser eles mesmos, conversar sobre qualquer coisa. Aos poucos, em uma relação bem desenvolvida, eles passam a voltar a ter vontade de viver. Mas ele continua sendo um prisioneiro no corredor da morte, e ela só pode vê-lo nas quintas.
Juri era pianista até seus 16 anos. Sua mãe foi uma pianista famosa, mas graças a complicações no parto, perdeu o movimento de uma das mãos. A menina, se sentindo em dívida com a mãe, tocava piano para ela sempre. Os únicos momentos em que podia ser uma pessoa que não vivia pela mãe era durante o inverno, quando ela saia constantemente para brincar com outras crianças. Aos 16 anos, ela foi violentada por seu professor de piano. Sua mãe não acreditou no que ela dizia, e como vingança, a garota decidiu que nunca mais tocaria.
Yuu cresceu em um lar perturbado. Sua mãe abandonou a família quando ele era jovem, deixando o garoto e seu irmão aos cuidados de um pai bêbado e violento. O pai morreu não muito depois, graças a bebida, e Yuu e o irmão - cego, graças à violência que sofreu - foram para um orfanato. Graças a diversos problemas, ambos foram morar na rua. Yuu se prostituía para conseguir dinheiro para cuidar do irmão - que por sua vez, se culpava por tornar a vida de Yuu tão triste. Quando seu irmão foi atropelado por um carro, o garoto começou a descontar sua raiva em crimes - tanto roubos quanto violência.
Um homem estranho oferecia dinheiro apenas para ver Yuu e seus amigos machucando pessoas. Mas com o tempo, Yuu encontrou outro garoto sem casa, e tentou se endireitar, arranjando um emprego de verdade. Mas o garoto também foi atropelado. Ao receber outra proposta do homem para matar uma mãe e seu bebê, ele tomou um guarda-chuva do braço dela e matou o homem - derrubando a mãe e a criança nos trilhos do trem no processo, e sendo condenado a execução.
Como personagens secundários da história, temos Monica, tia freira de Juri, que também teve o filho morto em um atropelamento de moto, e Jirou Inoue, um homem bondoso que tenta tornar o resto da vida de Yuu menos terrível. Monica obriga a sobrinha a ir com ela visitar Yuu depois que Juri tentou se matar pela terceira vez. A partir desse encontro inicial, as coisas começam a se desenvolver entre os dois.
Juri e Yuu descobrem um no outro aquilo que precisavam a tanto tempo - alguém com quem possam se abrir, ser eles mesmos, conversar sobre qualquer coisa. Aos poucos, em uma relação bem desenvolvida, eles passam a voltar a ter vontade de viver. Mas ele continua sendo um prisioneiro no corredor da morte, e ela só pode vê-lo nas quintas.
Conclusão
Watashitachi no Shiawase na Jikan é um manga lindo e rápido de se ler. Se você não gosta de história sem ação, humor, ou mistério, e não suporta histórias filosóficas, talvez não seja um manga bom para você - mas dê uma chance, ele é rápido o suficiente para você não estar "perdendo o seu tempo".
Conheci o mangá graças ao top do site My Anime List. Ele está em segundo lugar do top mangas, atrás apenas de Berserk. A história é tocante, bem construída, e simples, mas madura.
Sou relutante em dar notas máximas para qualquer coisa, já que ela se torna um tipo de "comparativo". Mas pro inferno. Eu não consigo tirar meio ponto sequer desse manga. Leiam, pois ele com certeza vale a pena. E tenham uma boa semana.