Esse artigo é voltado para aqueles que gostam de modificar e criar os próprios sistemas de RPG, relatando minha experiência ao tentar hackear D&D.
Tenho dois amigos que a certo tempo começaram a jogar RPG com meu grupo, e um deles disse que gostaria de ter a experiência de jogar D&D em algum momento. Infelizmente, eu não sou o maior fã do sistema. Mas eu gosto de hackear jogos e tentar adicionar coisas diferentes ou mudar o que não me agrada, então tomei como desafio pessoal tentar criar um D&D que funcionasse para mim. Mesmo que no final das contas eu tenha falhado e esteja narrando meu novo jogo em um hack de World of Dungeons (versão em português aqui), ainda acho que algumas das ideias que tive e das leituras que fiz no processo possam ser uteis de compartilhar.
Claro, na hora de modificar, coloquei algumas regras para me limitar e evitar tornar o jogo em algo irreconhecível. Continuar usando d20 como modo de resolver conflitos, continuar tendo pontos de vida e dados de dano, defesa passiva, manter atributos, monstros ainda rolarem, etc.
Atributos
Embora eu tenha decidido manter a ideia, os seis atributos clássicos de D&D saíram de cena rapidamente, principalmente porque Constituição sempre me pareceu um atributo de pouca utilidade, e eu não concordo com a diferença entre Inteligência e Sabedoria. Físico passou a englobar Força e Constituição, Destreza se manteve, Astúcia englobou Inteligência e a parte de atenção em Sabedoria, e Presença somou Carisma e a parte de resistência mental de Sabedoria.
Eu também decidi retirando os valores e usar apenas os modificadores. Depois acabei encontrando uma uma ideia que me agradou mais. Antes de falar dela, preciso falar sobre defesas e armadura.
Defesas e Armadura
Primeiro, não gosto da ideia de que em alguns casos, um inimigo tenta te acertar (classe de armadura), enquanto em outros, você tenta evitar que ele te acerte (teste de resistência). Segui a rota do D&D 4 nesse caso, e transformei todos os valores em defesas a serem batidas, uma para cada atributo. Armadura, em vez de te tornar mais difícil de ser atingido, passou a ser redução de dano. Embora eu tenha usado os valores em números pares por um tempo, uma simples progressão de 1, 2 e 3 parece funcionar melhor.
Defesas seriam modificadas por atributo, raça, classe e nível, mas então lendo um hack francês de D&D chamado Epées & Sorcelerie, me ocorreu uma ideia mais interessante: E se eu mantivesse atributos e modificadores, e usasse o valor do atributo puro como valor de defesa? Dessa forma, um personagem com 16 de Destreza teria +2 em suas rolagens e só seria atingido com 16 ou mais.
Raças
Não sou fã da forma como D&D trata raças. Os bônus de atributo fazem com que a escolha de raça seja um complemento para a sua classe mais do que uma ideia de história em si, e os bônus que são significativos no primeiro nível logo vão desaparecendo no meio do mar de bônus ganhos pela classe. Mudei as raças para que elas dessem escolha entre algumas habilidades conforme o personagem ganha níveis, aumentando assim a importância delas tornando mesmo dois personagens da mesma raça diferentes mecanicamente.
Níveis e Classes
Ok, D&D usa dados de 20 lados e 20 níveis, mas no final das contas, tudo o que isso consegue é gerar números que crescem mais e mais, sejam bônus ou pontos de vida. Decidi por diminuir os níveis do meu hack para 10, porque é um número tão bom quanto qualquer outro.
As classes passaram por diversas versões, algumas com tantas quanto D&D 5, mas com arquétipos completamente diferentes. Depois de avançar mais com a ideia, o número caiu muito, para seis, e apenas quatro na versão final. Decidi por tornar as classes o mais genéricas possível, deixando para o jogador decidir onde queria ir com o histórico.
Guerreiros ficaram com o papel de combatentes, derrubando diversos inimigos com danos e efeitos especiais de seus golpes. Isso vem com permitir que ações improvisadas como desarmar, empurrar ou atordoar um inimigo com uma pancada na cabeça fossem mais simples e vantajosas.
Ladinos se aproveitam de inimigos já enfraquecidos, ou criam problemas para abrir oportunidades para seus aliados. Eles também ganham mais chance de agir fora do turno para salvar a própria pele ou atrapalhar ainda mais os inimigos.
Feiticeiros controlam os elementos e causar efeitos nos inimigos e terreno. Arautos oferecem bônus para seus aliados com dados adicionais e curas. As duas classes têm um aspecto mágico, embora esse sistema fosse tratar magia de uma forma diferente.
Perícias
Aqui entra a mudança mais radical que fiz na forma como D&D funciona. De 18 perícias, poucas sobreviveram. As primeiras a cair foram as de percepção, pois eu não gosto da forma como elas funcionam. Embora eu nunca tenha jogado Rastros de Cthulhu propriamente, uma lição que eu tirei ao ler o jogo é não esconder informações necessárias atrás de rolagens, e eu nunca fui tão fã de usar armadilhas. Prefiro trabalhar mais nas descrições e dar ênfase no que acho importante na cena, e deixar com que os jogadores perguntem e explorem.
Da mesma forma, perícias de conhecimento se foram. Eu não tenho problema em entregar uma informação para os jogadores se já for parte da especialização dos personagens, ou apontar alguém que sabe o que eles precisam para avançar a narrativa.
Diplomacia também caiu por terra, pois no final das contas, falando em primeira ou terceira pessoa, interpretar uma conversa é muito mais interessante, mas mantive duas perícias para se tirar algo de uma conversa de forma diferente: Dissimular para mentir, se disfarçar ou criar falsificações, e Impressionar para intimidar um alvo ou se exibir para conseguir sua atenção e favor.
Além dessas, mantive Atletismo e Furtividade como perícias de ação, Curar com mais utilidade para diminuir a dependência de magia, Rastrear como uma junção de seguir pessoas e obter informações, e transformei o bônus de ataque normal na perícia Lutar.
Armas
Da mesma forma como armaduras foram limitadas a formas mais simples, eu eliminei a tabela de armas de D&D quase que completamente em troca de duas escolhas simples: A arma que você está usando é corporal ou de distância, e ela é leve ou pesada. Armas leves podem ser usadas com uma mão e causam 1d6 dano, enquanto armas pesadas precisam de duas mãos e causam 1d8 dano. Algumas pessoas podem argumentar que isso tira completamente a importância de qual arma você está usando, e é exatamente por isso que tomei essa decisão.
As diversas armas me parecem desnecessárias, e elas gera mais limitações que escolhas. Um guerreiro vai usar as armas que causarem o maior dano em geral, ou abrir mão de um pouco de dano para ter um escudo. Por outro lado, um mago quase nunca pode dar uma de Gandalf e sair por ai usando uma espada longa encantada. Usar adagas então é um completo desperdício, e sempre achei o d4 bem sem graça de rolar.
Também tentei fazer com que sua escolha de estilo de combate fosse uma escolha. Usar uma arma e ter a mão secundária vazia nunca vale a pena, mas decidi que seria interessante se o personagem puder aproveitar a mão vazia para ter mais facilidade de segurar um inimigo, rolando seu ataque contra Destreza ou Físico, qualquer que for menor. Duas armas por outro lado te permite rolar duas vezes o dano e usar o melhor.
Por último, embora os d10 e d12 tenham ficado de fora da tabela padrão, eles podem muito bem ser usados para itens de qualidade maior ou mágicos. Enquanto uma espada +1 é um tesouro sem graça, uma zweihander muito bem-feita que causa 1d10 de dano ou uma maça abençoada que causa 1d6 normalmente, mas 1d12 contra mortos-vivos podem funcionar de forma bem interessante em mesa.
Magias
A mudança aqui seria extrema. Descartando toda a ideia de magia vanciana com 9 níveis, os feitiços seriam divididos em tipos diferentes que qualquer um poderia aprender. Artes serviriam como posturas e técnicas de combate, desde o transe de fúria de um bárbaro ou a capacidade de um monge de usar seu corpo como uma arma. Feitiços seriam mais próximos das magias normais de D&D, mas com nível de poder limitado. Por último, rituais seriam as grandes magias, que exigiriam gastos consideráveis de tempo ou recursos por parte dos personagens, mas teriam efeito em grande escala.
Junte isso com a falta de uma perícia de conjuração, e você teria magias ligadas a perícias. Ilusões como testes de Dissimular, divinações como Rastrear, etc. Um mago seria alguém que treinou o suficiente a ponto de transformar suas habilidades em capacidades sobrenaturais. Existem ainda outras magias que planejei, como a capacidade de tatuar efeitos no seu corpo, de criar objetos encantados, um sistema mais interessante de alquimia, entre outras coisas.
Energia
Por último, acho que a mudança mais significativa que eu fiz foi abraçar os pulsos de cura do D&D 4 desde o começo. Não apenas como forma de qualquer personagem se curar (embora esse seja um dos usos), mas como um medidor simples de fadiga. Conforme um dia de aventura se desenrola, os personagens iriam se curar, sofrer efeitos de clima, de venenos, de magias estranhas, etc.
Mesmo sem penalidades numéricas ao ficar com 0 energia, isso ainda criaria tensão para os jogadores com o cansaço de seus personagens ficando obvio. Embora eu não esperasse que ela fosse drenada completamente em aventuras dos primeiros níveis, o valor não ia aumentar conforme eles ficassem mais fortes. Um descanso seguro e tranquilo também ajudaria a recuperar mais pontos de energia, fazendo com que os jogadores prestassem mais atenção em coisas como rações de viagem, o ambiente onde estão, e até mesmo em gastar recursos para o conforto dos personagens.
Conclusão
Embora no final o projeto tenha falhado, foi mais por preguiça de continuar do que por não chegar a lugar nenhum. Creio que eu possa realmente criar um jogo que funcione bem seguindo essa linha de raciocínio. Outra coisa que notei é que, embora minhas inspirações iniciais para o jogo tenham vindo de D&D 4 e 5, conforme o projeto avançou eu comecei a tirar mais ideias de blogs e sistemas Old School. Mesmo que esses sistemas proponham um jogo menos heroico e mais letal, não é muito difícil de adaptar o heroísmo de volta, e a simplicidade me agrada de forma geral.
Também notei que a tendência de sistemas mais novos de crescer um pouco em cada nível cria mais problemas na matemática do que tudo. Sistemas antigos com um crescimento menor a cada tantos níveis parece ser muito mais fácil de gerenciar.
De qualquer forma, outro dia faço um artigo sobre o sistema que estou usando, minhas inspirações para ele, e outros sistemas gratuitos e simples. Até lá, tenham uma boa semana.
Atributos
Embora eu tenha decidido manter a ideia, os seis atributos clássicos de D&D saíram de cena rapidamente, principalmente porque Constituição sempre me pareceu um atributo de pouca utilidade, e eu não concordo com a diferença entre Inteligência e Sabedoria. Físico passou a englobar Força e Constituição, Destreza se manteve, Astúcia englobou Inteligência e a parte de atenção em Sabedoria, e Presença somou Carisma e a parte de resistência mental de Sabedoria.
Eu também decidi retirando os valores e usar apenas os modificadores. Depois acabei encontrando uma uma ideia que me agradou mais. Antes de falar dela, preciso falar sobre defesas e armadura.
Defesas e Armadura
Primeiro, não gosto da ideia de que em alguns casos, um inimigo tenta te acertar (classe de armadura), enquanto em outros, você tenta evitar que ele te acerte (teste de resistência). Segui a rota do D&D 4 nesse caso, e transformei todos os valores em defesas a serem batidas, uma para cada atributo. Armadura, em vez de te tornar mais difícil de ser atingido, passou a ser redução de dano. Embora eu tenha usado os valores em números pares por um tempo, uma simples progressão de 1, 2 e 3 parece funcionar melhor.
Defesas seriam modificadas por atributo, raça, classe e nível, mas então lendo um hack francês de D&D chamado Epées & Sorcelerie, me ocorreu uma ideia mais interessante: E se eu mantivesse atributos e modificadores, e usasse o valor do atributo puro como valor de defesa? Dessa forma, um personagem com 16 de Destreza teria +2 em suas rolagens e só seria atingido com 16 ou mais.
Raças
Não sou fã da forma como D&D trata raças. Os bônus de atributo fazem com que a escolha de raça seja um complemento para a sua classe mais do que uma ideia de história em si, e os bônus que são significativos no primeiro nível logo vão desaparecendo no meio do mar de bônus ganhos pela classe. Mudei as raças para que elas dessem escolha entre algumas habilidades conforme o personagem ganha níveis, aumentando assim a importância delas tornando mesmo dois personagens da mesma raça diferentes mecanicamente.
Níveis e Classes
Ok, D&D usa dados de 20 lados e 20 níveis, mas no final das contas, tudo o que isso consegue é gerar números que crescem mais e mais, sejam bônus ou pontos de vida. Decidi por diminuir os níveis do meu hack para 10, porque é um número tão bom quanto qualquer outro.
As classes passaram por diversas versões, algumas com tantas quanto D&D 5, mas com arquétipos completamente diferentes. Depois de avançar mais com a ideia, o número caiu muito, para seis, e apenas quatro na versão final. Decidi por tornar as classes o mais genéricas possível, deixando para o jogador decidir onde queria ir com o histórico.
Guerreiros ficaram com o papel de combatentes, derrubando diversos inimigos com danos e efeitos especiais de seus golpes. Isso vem com permitir que ações improvisadas como desarmar, empurrar ou atordoar um inimigo com uma pancada na cabeça fossem mais simples e vantajosas.
Ladinos se aproveitam de inimigos já enfraquecidos, ou criam problemas para abrir oportunidades para seus aliados. Eles também ganham mais chance de agir fora do turno para salvar a própria pele ou atrapalhar ainda mais os inimigos.
Feiticeiros controlam os elementos e causar efeitos nos inimigos e terreno. Arautos oferecem bônus para seus aliados com dados adicionais e curas. As duas classes têm um aspecto mágico, embora esse sistema fosse tratar magia de uma forma diferente.
Perícias
Aqui entra a mudança mais radical que fiz na forma como D&D funciona. De 18 perícias, poucas sobreviveram. As primeiras a cair foram as de percepção, pois eu não gosto da forma como elas funcionam. Embora eu nunca tenha jogado Rastros de Cthulhu propriamente, uma lição que eu tirei ao ler o jogo é não esconder informações necessárias atrás de rolagens, e eu nunca fui tão fã de usar armadilhas. Prefiro trabalhar mais nas descrições e dar ênfase no que acho importante na cena, e deixar com que os jogadores perguntem e explorem.
Da mesma forma, perícias de conhecimento se foram. Eu não tenho problema em entregar uma informação para os jogadores se já for parte da especialização dos personagens, ou apontar alguém que sabe o que eles precisam para avançar a narrativa.
Diplomacia também caiu por terra, pois no final das contas, falando em primeira ou terceira pessoa, interpretar uma conversa é muito mais interessante, mas mantive duas perícias para se tirar algo de uma conversa de forma diferente: Dissimular para mentir, se disfarçar ou criar falsificações, e Impressionar para intimidar um alvo ou se exibir para conseguir sua atenção e favor.
Além dessas, mantive Atletismo e Furtividade como perícias de ação, Curar com mais utilidade para diminuir a dependência de magia, Rastrear como uma junção de seguir pessoas e obter informações, e transformei o bônus de ataque normal na perícia Lutar.
Armas
Da mesma forma como armaduras foram limitadas a formas mais simples, eu eliminei a tabela de armas de D&D quase que completamente em troca de duas escolhas simples: A arma que você está usando é corporal ou de distância, e ela é leve ou pesada. Armas leves podem ser usadas com uma mão e causam 1d6 dano, enquanto armas pesadas precisam de duas mãos e causam 1d8 dano. Algumas pessoas podem argumentar que isso tira completamente a importância de qual arma você está usando, e é exatamente por isso que tomei essa decisão.
As diversas armas me parecem desnecessárias, e elas gera mais limitações que escolhas. Um guerreiro vai usar as armas que causarem o maior dano em geral, ou abrir mão de um pouco de dano para ter um escudo. Por outro lado, um mago quase nunca pode dar uma de Gandalf e sair por ai usando uma espada longa encantada. Usar adagas então é um completo desperdício, e sempre achei o d4 bem sem graça de rolar.
Também tentei fazer com que sua escolha de estilo de combate fosse uma escolha. Usar uma arma e ter a mão secundária vazia nunca vale a pena, mas decidi que seria interessante se o personagem puder aproveitar a mão vazia para ter mais facilidade de segurar um inimigo, rolando seu ataque contra Destreza ou Físico, qualquer que for menor. Duas armas por outro lado te permite rolar duas vezes o dano e usar o melhor.
Por último, embora os d10 e d12 tenham ficado de fora da tabela padrão, eles podem muito bem ser usados para itens de qualidade maior ou mágicos. Enquanto uma espada +1 é um tesouro sem graça, uma zweihander muito bem-feita que causa 1d10 de dano ou uma maça abençoada que causa 1d6 normalmente, mas 1d12 contra mortos-vivos podem funcionar de forma bem interessante em mesa.
Magias
A mudança aqui seria extrema. Descartando toda a ideia de magia vanciana com 9 níveis, os feitiços seriam divididos em tipos diferentes que qualquer um poderia aprender. Artes serviriam como posturas e técnicas de combate, desde o transe de fúria de um bárbaro ou a capacidade de um monge de usar seu corpo como uma arma. Feitiços seriam mais próximos das magias normais de D&D, mas com nível de poder limitado. Por último, rituais seriam as grandes magias, que exigiriam gastos consideráveis de tempo ou recursos por parte dos personagens, mas teriam efeito em grande escala.
Junte isso com a falta de uma perícia de conjuração, e você teria magias ligadas a perícias. Ilusões como testes de Dissimular, divinações como Rastrear, etc. Um mago seria alguém que treinou o suficiente a ponto de transformar suas habilidades em capacidades sobrenaturais. Existem ainda outras magias que planejei, como a capacidade de tatuar efeitos no seu corpo, de criar objetos encantados, um sistema mais interessante de alquimia, entre outras coisas.
Energia
Por último, acho que a mudança mais significativa que eu fiz foi abraçar os pulsos de cura do D&D 4 desde o começo. Não apenas como forma de qualquer personagem se curar (embora esse seja um dos usos), mas como um medidor simples de fadiga. Conforme um dia de aventura se desenrola, os personagens iriam se curar, sofrer efeitos de clima, de venenos, de magias estranhas, etc.
Mesmo sem penalidades numéricas ao ficar com 0 energia, isso ainda criaria tensão para os jogadores com o cansaço de seus personagens ficando obvio. Embora eu não esperasse que ela fosse drenada completamente em aventuras dos primeiros níveis, o valor não ia aumentar conforme eles ficassem mais fortes. Um descanso seguro e tranquilo também ajudaria a recuperar mais pontos de energia, fazendo com que os jogadores prestassem mais atenção em coisas como rações de viagem, o ambiente onde estão, e até mesmo em gastar recursos para o conforto dos personagens.
Conclusão
Embora no final o projeto tenha falhado, foi mais por preguiça de continuar do que por não chegar a lugar nenhum. Creio que eu possa realmente criar um jogo que funcione bem seguindo essa linha de raciocínio. Outra coisa que notei é que, embora minhas inspirações iniciais para o jogo tenham vindo de D&D 4 e 5, conforme o projeto avançou eu comecei a tirar mais ideias de blogs e sistemas Old School. Mesmo que esses sistemas proponham um jogo menos heroico e mais letal, não é muito difícil de adaptar o heroísmo de volta, e a simplicidade me agrada de forma geral.
Também notei que a tendência de sistemas mais novos de crescer um pouco em cada nível cria mais problemas na matemática do que tudo. Sistemas antigos com um crescimento menor a cada tantos níveis parece ser muito mais fácil de gerenciar.
De qualquer forma, outro dia faço um artigo sobre o sistema que estou usando, minhas inspirações para ele, e outros sistemas gratuitos e simples. Até lá, tenham uma boa semana.
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