terça-feira, 26 de setembro de 2017

Tales of Zestiria

12:00:00 Escrito por Nyu , , No comments
Esse é o primeiro título da série Tales of que eu pego para jogar. Vou dizer que a experiência foi ótima e logo estarei atrás de outros. E o que me motivou comprá-lo? A vontade de jogar algum J-RPG que não fosse Final Fantasy. O estilo anime foi o segundo motivo chamou minha atenção, e ter tradução em português foi o terceiro. O quarto foi a promoção no Steam.

O jogo foi lançado em 2015, para as plataformas PlayStation 4, PlayStation 3 e PC, desenvolvido pela Bandai, é do gênero J-RPG. Tem nos idiomas Inglês e Japonês e tradução das legendas para o Português-BR.

História

A era de paz acabou. O mundo está dominado pela malevolência e o caos foi instaurado. Muitas pessoas perderam sua fé, e os reinos estão em guerra. Cabe ao Pastor destruir o mal e restaurar a paz.

Sorey é um rapaz simples e bondoso vivendo entre os serafins. Um dia, enquanto explorava um templo abandonado com seu melhor amigo de infância e serafim Mikleo, encontrou uma humana chamada Alisha, e descobre que a malevolência está atingindo a todos na terra e que ela clama por um Pastor. Sem pestanejar, Sorey e Mikleo seguem para o mundo dos humanos para ajudar a restaurar o lugar e destruir o causador de todos os problemas.

Sobre o Jogo

O jogo tem gráficos até bonitos, meio estranhos no início, mas você acaba simpatizando. Os cenários podem parecer meio esquisitos comparados com os personagens, que seguem um estilo anime bem bonito e detalhado. Algumas cutscenes são em animação 2D.

O visual dos personagens é bem variado. Cada um tem seu estilo, até mesmo os NPCs - mesmo aqueles que compõem a cidade, que são parecidos um com os outros, ainda possuem sua identidade. Além disso, o jogo dá a opção de customizá-los com alguns acessórios e roupas encontrados durante o jogo em baús espalhados pelo mundo, ou por DLC's, caso queira brincar de Evangelion ou God Eater.

As músicas são legais, porém não tem muita variação, principalmente no mapa aberto, o que acaba enjoando, mas são marcantes e bem características para o jogo. As trilhas de templos e momentos épicos se destacam.

O sistema de combate é simples: dois botões de ataque, um fraco e rápido e um forte e lento, e um botão para se defender e esquivar. Mas o melhor são as chamadas Armatizações, onde Sorey se funde com serafins de cada elemento para atacar os inimigos com mais eficacia. Sempre que isso ocorre, ele muda de aparência e seus golpes, apesar de ainda serem nos mesmos botões, se tornam mais poderosos. Entretanto, durante um bom tempo, o jogo estará te ensinando como combater, combos a fazer, o que são Ars, Armatização, como funciona cada coisa, etc. Ótimo para quem está começando e não entende nada do sistema. Entretanto, isso pode ser bem confuso e difícil no início, pois existe muita coisa para ser lida e entendida.


Existe uma boa variedade de inimigos, desde os mais fracos até alguns que exigem melhor entendimento do sistema de batalha e Armatizações. Ao contrário de jogos antigos como Final Fantasy 7 onde você anda pelo mapa e de repente você entra em batalha, aqui os inimigos aparecem na tela e você pode ter a opção de lutar ou não contra eles, apenas correndo em sua direção ou desviando. Os inimigos mais poderosos também tem uma fumaça roxa.

Você tem opções no combate, como controlar o personagem principal totalmente ou só parcialmente, ou deixar ele com o computador, com configurações bem fáceis de entender. Os outros personagens serão controlados pelo computador, facilitando sua vida. Durante o jogo, você ainda ganha alguns estilos de luta diferente para cada personagem, dando uma variação legal e saindo da mesmice.

O jogo possui alguns subsistemas que não são difíceis de gerenciar, como as Habilidades Passivas, que funcionam enquanto você estiver andando. Cada personagem possui um grupo de Passivas, como fazer lanche, poções, encontrar tesouros próximos, pontos de interesse, restaurar vida, etc. Também é fácil entender as armas e armaduras, pois além da explicação inicial, os personagens conversam entre si sobre esses aspectos quando descansam na taverna, demonstrando que as coisas não são só mecânicas do jogo.

E falando em interação entre os personagens, essa é a melhor parte do jogo. Sempre que o grupo dorme na taverna, encontra um ponto de interesse, ao encontrar um inimigo novo, após uma luta, ou após alguma cena interessante e indo em um ponto de salvamento, haverá uma interação sobre o que está acontecendo no mundo, o que eles estão descobrindo ou apenas uma conversa casual entre os personagens. Isso ajuda a desenvolver os personagens e suas relações, e considero um dos pontos altos do jogo.

Sorey é um ótimo personagem, é o típico herói de bom coração que está disposto a ajudar todos. Mas ele também tem dúvidas, e questiona sobre o que está fazendo em diversas ocasiões. Mikleo é seu melhor amigo, e sempre está ajudando o rapaz a tomar as melhores decisões possíveis. Ambos são ingênuos e curiosos, adoram explorar cavernas e lugares onde ninguém se aventura a ir.

Alisha é a princesa que está tentando arranjar uma forma de evitar a guerra entre seu reino Hyland e Rolance, apesar de estar com as mãos atadas por causa do governador e o conselho. Muitas vezes ela se vê em uma posição difícil, mas mesmo assim não deixa de ajudar o Pastor em sua jornada. Inclusive, há uma DLC exclusiva para contar sua história.

Outros personagens aparecerão para ajudar na jornada, e apesar de serem muitos, nenhum deles fica apagado. Pelo contrário, todos tem importância tanto na história quanto nas decisões tomadas pelo Pastor.

E para finalizar, caso você esteja perdido no jogo e não saiba por onde ir, ou o que precisa fazer, converse com sua escudeira. Ela funciona como menu de quests, indicando onde provavelmente você deve ir ou o que dando dicas para passar de puzzles.

Minha Opinião

Ele é um ótimo jogo. Tem uma história legal, apesar de clichê. Os personagens são bem construídos e tem um alto carisma, assim como personalidades distintas. O visual é bem legal, apesar dos gráficos serem um pouco feios em alguns momentos, como um arbusto que parece apenas um conjunto de papelão para compor o cenário.

É difícil entender como funciona todo o sistema de batalha e o menu no início, e embora tenha me acostumado, só consegui entender bem mesmo da metade do jogo.

A legenda em português é boa, apesar de visivelmente ter certos problemas como falta de uma letra ou espaçamento em alguns momentos, principalmente chegando no final do jogo. Não prejudica o entendimento da história, mas para uma legenda oficial, isso é um erro bem complicado de deixar para lá.

Se você curte J-RPG ou quer começar um jogo da série Tales of, essa é uma ótima recomendação. Terá ao menos 40h na primeira jogatina, podendo se estender para mais caso queira fazer realmente tudo que existe no jogo. Então é diversão garantida.

0 comentários:

Postar um comentário