Gostamos de ler vários tipos de livros, mas um tipo nos chama bastante atenção: livros de fantasia medieval. Alguns desses livros ganham versão televisiva, como é o caso de Game of Thrones, outros ganham a versão de jogos eletrônicos, como The Witcher, fazendo-os ficarem famosos. De qualquer forma, são livros que cremos que muitas pessoas gostarão, principalmente aquelas que são envolvidas com RPG. Hoje traremos a vocês três livros de fantasia.
O Último Desejo
O jogo The Witcher é baseado em uma série de livros escrito por Andrzej Sapkowski que contam a história de Geralt de Rívia, e o primeiro deles é O Último Desejo. O escritor é Polonês, sendo o livro traduzido diretamente de sua língua por Tomasz Barcinski, lançado pela editora WMF Martins Fontes em 2011. Os acontecimentos do livro ocorrem bem antes do jogo, então se você é fã de The Witcher com certeza irá gostar de lê-lo.
O livro conta algumas aventuras do bruxo Geralt de Rívia. Sua primeira é resolver o problema de uma princesa transformada em estrige. O rei pede para Geralt fazer de tudo sem que haja necessidade de mata-la. Após concluir sua tarefa, Geralt se encontra no monastério da deusa Melitele aos cuidados da sacerdotisa Nenneke. Durante sua estadia, Geralt relembra de algumas aventuras e problemas que se meteu durante sua vida, que são contadas em capítulos próprio.
O Último Desejo
O jogo The Witcher é baseado em uma série de livros escrito por Andrzej Sapkowski que contam a história de Geralt de Rívia, e o primeiro deles é O Último Desejo. O escritor é Polonês, sendo o livro traduzido diretamente de sua língua por Tomasz Barcinski, lançado pela editora WMF Martins Fontes em 2011. Os acontecimentos do livro ocorrem bem antes do jogo, então se você é fã de The Witcher com certeza irá gostar de lê-lo.
O livro conta algumas aventuras do bruxo Geralt de Rívia. Sua primeira é resolver o problema de uma princesa transformada em estrige. O rei pede para Geralt fazer de tudo sem que haja necessidade de mata-la. Após concluir sua tarefa, Geralt se encontra no monastério da deusa Melitele aos cuidados da sacerdotisa Nenneke. Durante sua estadia, Geralt relembra de algumas aventuras e problemas que se meteu durante sua vida, que são contadas em capítulos próprio.
Também há outros personagens que, apesar de não tão desenvolvidos, tem sua importância na trama. Nenneke, a sacerdotisa, é quem cuida de Geralt após a luta contra a estrige, além de lhe dar abrigo e comida por um tempo. É a superiora da igreja e tem um afeto maternal pelo homem. Jaskier é um bardo e antigo amigo do bruxo, sempre se metendo em confusões e levando o outro junto consigo. Yennefer é uma bruxa poderosa que acaba por se tornar importante para Geralt.
Ele tem uma leitura de fácil compreensão e suas histórias são divertidas de se ler. Andrzej utiliza a mitologia eslava para contar sua história. Algumas delas tem referencia a contos de fadas, como da Branca de Neve e os Sete Anões, por exemplo. No entanto, o Geralt que conhecemos parece um tanto inexperiente em certas ocasiões. Apesar disso, ele sempre tem um jeito diferente de resolver os problemas que estão acontecendo, procurando forma de desfazer maldições, usar a diplomacia para questões mais sociais e evitar matar criaturas quando não é necessário.
Mistborn: O Império Final
Mistborn é uma série escrita por Brandon Sanderson. Ela conta atualmente com 4 livros lançados e mais 3 em planejamento. Esses são divididos entre a trilogia inicial, um livro fechado, e uma trilogia que está por vir. Ele foi lançado em português pela LeYa Brasil em 2014.
O mundo de Mistborn é sombrio. Um herói falhou em sua jornada para salvá-lo. Pior ainda, esse herói ascendeu, se tornando uma figura divina imortal que comanda com punho de ferro o maior dos impérios. A nobreza ocupa-se com seus jogos políticos e tramas, oprimindo uma classe inferior chamada skaa, que nascem e vivem como escravos, quebrados por mil anos de servidão. O Ministério, com seus diversos cantões, trabalham como burocratas que respondem apenas ao Senhor Soberano, funcionando também como uma ordem religiosa.
Enquanto a sociedade parece ruim, o mundo está em estado ainda pior: chuva de cinzas caem constantemente graças à atividade de vulcões. Durante a noite, as brumas tomam tudo, ocultando terrores em seu interior. O sol queima fraco, vermelho, e plantas crescem marrons e esbranquiçadas.
Despertos por algo que ocorreu quando o Senhor Soberano ascendeu, existem nobres que nascem com poderes relacionados a metais. Chamados de brumosos, eles conseguem armazenar e “queimar” certos tipos de metais em seu corpo para realizar feitos mágicos. Entre eles, existem ainda os nascidos das brumas, pessoas com a rara habilidade de usar todos os metais básicos. Mesmo que isso seja um poder que corre no sangue da nobreza, existem skaa que o possuem, já que apesar de proibidos pelo Senhor Soberano, a ocorrência de mestiços não é tão incomum. Pessoas assim são caçadas para proteger a distinção clara entre as classes sociais.
Mas mesmo dentro da capital do Império, gangues skaa conseguem se manter se não chamarem muita atenção. A história segue dois protagonistas: Kelsier, um ladrão com grande fama e ambição, e Vin, uma jovem órfã que conhece pouco de suas origens e poderes. A história avança como a preparação do maior golpe de Kelsier, que visa roubar o Senhor Soberano, e até mesmo o desejo de matá-lo.
A evolução do livro é interessante, e três tramas vão se desenrolando juntas. A apresentação do cenário é não só boa como cheia de detalhes enriquecedores. Os personagens secundários sofrem de falta de desenvolvimento, mas conseguem ser carismáticos. Entretanto, Vin me causou certo incomodo. Mesmo sendo uma jovem sem grande noção de seu poder, ela os desenvolve rapidamente. Seu controle extremo das situações em que se coloca, e sua capacidade de vencer contra adversários muito mais experientes, somados ao fato de que ela é uma pessoa especial até entre os especiais, tornam-na um pouco irritante. A personagem em si é interessante, e o autor consegue escrever de forma que esses detalhes pareçam menores, mas eles ainda estão lá.
Apesar dos defeitos, a obra é muito boa. Sanderson escreve bem, mantém três linhas de história paralelas sem se enrolar, faz plot twists emocionantes, e fecha o primeiro livro da trilogia de forma que você não fica cheio de perguntas sem repostas caso não queira continuar acompanhando.
Kimaera: Dois MundosO mundo de Mistborn é sombrio. Um herói falhou em sua jornada para salvá-lo. Pior ainda, esse herói ascendeu, se tornando uma figura divina imortal que comanda com punho de ferro o maior dos impérios. A nobreza ocupa-se com seus jogos políticos e tramas, oprimindo uma classe inferior chamada skaa, que nascem e vivem como escravos, quebrados por mil anos de servidão. O Ministério, com seus diversos cantões, trabalham como burocratas que respondem apenas ao Senhor Soberano, funcionando também como uma ordem religiosa.
Enquanto a sociedade parece ruim, o mundo está em estado ainda pior: chuva de cinzas caem constantemente graças à atividade de vulcões. Durante a noite, as brumas tomam tudo, ocultando terrores em seu interior. O sol queima fraco, vermelho, e plantas crescem marrons e esbranquiçadas.
Despertos por algo que ocorreu quando o Senhor Soberano ascendeu, existem nobres que nascem com poderes relacionados a metais. Chamados de brumosos, eles conseguem armazenar e “queimar” certos tipos de metais em seu corpo para realizar feitos mágicos. Entre eles, existem ainda os nascidos das brumas, pessoas com a rara habilidade de usar todos os metais básicos. Mesmo que isso seja um poder que corre no sangue da nobreza, existem skaa que o possuem, já que apesar de proibidos pelo Senhor Soberano, a ocorrência de mestiços não é tão incomum. Pessoas assim são caçadas para proteger a distinção clara entre as classes sociais.
Mas mesmo dentro da capital do Império, gangues skaa conseguem se manter se não chamarem muita atenção. A história segue dois protagonistas: Kelsier, um ladrão com grande fama e ambição, e Vin, uma jovem órfã que conhece pouco de suas origens e poderes. A história avança como a preparação do maior golpe de Kelsier, que visa roubar o Senhor Soberano, e até mesmo o desejo de matá-lo.
A evolução do livro é interessante, e três tramas vão se desenrolando juntas. A apresentação do cenário é não só boa como cheia de detalhes enriquecedores. Os personagens secundários sofrem de falta de desenvolvimento, mas conseguem ser carismáticos. Entretanto, Vin me causou certo incomodo. Mesmo sendo uma jovem sem grande noção de seu poder, ela os desenvolve rapidamente. Seu controle extremo das situações em que se coloca, e sua capacidade de vencer contra adversários muito mais experientes, somados ao fato de que ela é uma pessoa especial até entre os especiais, tornam-na um pouco irritante. A personagem em si é interessante, e o autor consegue escrever de forma que esses detalhes pareçam menores, mas eles ainda estão lá.
Apesar dos defeitos, a obra é muito boa. Sanderson escreve bem, mantém três linhas de história paralelas sem se enrolar, faz plot twists emocionantes, e fecha o primeiro livro da trilogia de forma que você não fica cheio de perguntas sem repostas caso não queira continuar acompanhando.
É um livro brasileiro, escrito por Helena Gomes, lançado em 2009 pela Jambô. Transcrevendo a sinopse do livro:
Em um mundo desértico, Ytsar, uma jovem escrava, luta contra a opressão dos clãs. Em um mundo gélido, Aleph, um jovem guerreiro, luta contra a tirania dos batalhões.
Em suas jornadas, Ytsar e Aleph irão descobrir uma profecia sobre a volta de uma era de justiça e bondade. Também irão descobrir que, para concretizar essa profecia, deverão se unir - mesmo que para isso precisem cruzar a barreira que separa seus mundos.
É isso que o livro nos trás em sua descrição. Falando um pouco mais, a história mostra dois mundos diferentes e distintos entre si, tanto em seu clima quando em suas leis, cultura e povos, esses mais ligados um ao outro do que aparentam inicialmente. Os capítulos se revezam entre cada mundo, sendo o de Ytsar um lugar quente, com clãs patriarcais, guerras e escravidão, e medo constante de que o líder opressor Chediak invada suas terras e tomem a todos como seus escravos. A garota é uma escrava que serve seu patriarca por obrigação, mas quer que sua vida mude, desejando sair daquela condição de escrava que foi forçada desde que seu clã foi atacado.
Enquanto no mundo de Aleph, o garoto que recebeu anistia e agora presta serviços ao pelotão do tirano Goliah, a quem odeia, e precisa aprender a conviver em sociedade, principalmente junto com os grelas do tirano. Rebelde, vive criando confusões e sendo castigado por suas desobediências, até conhecer uma garota, se apaixonar e ter uma filha com ela. Ele agora precisa ser um bom pai para sustentar sua nova família, assim como tentar evitar com que o tirano descubra o que realmente o rapaz representa a ele.
Com duas vidas tão distintas e tão longe um do outro, Ytsar e Aleph possuem uma ligação extremamente forte, se ajudando mutualmente, principalmente quando eles precisam de apoio para suportar todos os baques que a vida lhes traz, e levando a um destino que os ambos nem imaginam que pode acontecer.
O livro é bem escrito, e o texto transita entre os dois mundos sem se tornar cansativo ou massante. A leitura é fluida e rica em detalhes, e os personagens são bem construídos, e muitas vezes me peguei querendo ler mais um pouquinho para descobrir o que ia acontecer, mesmo que tivesse outra coisa para fazer. É fácil sentir raiva ou se afeiçoar com alguns personagens. A autora ainda toca em temas polêmicos como homossexualidade, violência e abuso sexual em cada mundo, mostrando como eles são tratados entre as civilizações. Enquanto o mundo de Aleph faz pouca distinção social entre os sexos, no mundo de Ytsar a maior parte das culturas prega que a mulher deva ser submissa. Coisas pequenas com as quais alguns podem se chocar, mas que não está longe de ser realidade.