Recentemente o jogo Ghost in the Shell Online chegou na Steam em Alpha. Claro que não pude deixar de jogar, já que sou fã desse anime e estava esperando o jogo sair para a nossa região para finalmente botar as mãos nele.
A história se passa em um futuro cyberpunk, contando alguns casos de investigação da Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública, Seção 9, protagonizada pela major Motoko Kusanagi, uma ciborgue que lidera o grupo nas missões. Cada mídia traz uma história diferente, mas todas possuem questionamentos éticos, filosóficos e sociais sobre identidade pessoal, trans humanismo e consciência humana, o que faz a série ser muito aclamada.
E agora chegou o novo jogo que, apesar de se passar em um mundo cyberpunk (ou quase), com os personagens da série, não passa de um shooter. Pois é, não espere ver alguma história, Ghost in the Shell Online é apenas um jogo online de tiro para se divertir com os amigos, mas no fim isso já era esperado, afinal, temos muitas mídias contando sua história.
Sem mais delongas, vamos ao que realmente interessa. O jogo foi desenvolvido pela Neople, distribuída pela Nexon e lançado no final de Julho de 2016. É um shooter em primeira pessoa, sua mecânica é bem parecida com jogos como Counter Strike: GO, mas tem algumas peculiaridades. No início você passa por um tutorial, aprendendo o básico do jogo, como andar, correr, agachar, atirar, trocar de armas, usar o especial, matar em stealth, hackear o tachikoma inimigo - o icônico robô azul em forma de aranha -, e como utilizar os especiais de seus companheiros, que poderão te auxiliar enquanto o seu recarrega.
É, querendo ou não, um shooter online genérico com skins dos personagens do anime. Talvez ele se sobressaia por causa dos poderes que cada personagem tem. Tem algumas missões que você pode fazer (até o momento) que são: capturar ponto, plantar bomba e team deathmatch. Não há basicamente nada de diferente nesses objetivos comparando com outros jogos. Porém há uma peculiaridade: quando você captura o ponto, tem a possibilidade de invocar uma tachikoma para te ajudar, e a equipe adversaria pode fazer a mesma coisa. Apesar de ser um robô com certa apelação, você e sua equipe pode hackea-lo para destruí-lo mais rapidamente, e deixá-lo fora de combate por um tempo.
Um detalhe sobre os upgrades: deve-se prestar atenção nas vantagens e desvantagens que cada peça oferece, podendo mudar um pouco o ritmo de como você joga. Por exemplo: algumas peças dão mais dano ou diminui o recuo, porém, sua velocidade de locomoção diminui, o que pode ser ruim se você se vale da velocidade do personagem para jogar.
Não são só as armas que passam pelo upgrade. Você pode melhorar cada personagem em alguns aspectos, como ser mais resistente a explosões de bombas ou fazer sua habilidade recarregar mais rápido, por exemplo. O personagem tem três tipos de upgrade diferente: mental, físico e habilidade. Entretanto, ao contrário das armas, fazer upgrade em seus personagens será mais lento e exige evoluir vários níveis para liberar slots e peças. Peças que desgastam e se perdem com o tempo, o que exige um certo gerenciamento por parte do jogador.
A maioria das fases não tem nada de interessante ou que lembre minimamente um universo cyberpunk, ou seja, elas são como de qualquer outro jogo. São bem genéricas, mas ao menos dá para andar sem se perder, e você sempre consegue achar onde está o objetivo. Seu respawn pode acontecer em lugares diferentes ou em uma base, dependendo do mapa escolhido.
Por fim, o ponto alto do jogo. Contamos com 9 personagens, cada qual com suas habilidades próprias. Temos personagens conhecidos como a major Motoko Kusanagi, que não poderia faltar, cuja habilidade é ficar invisível, mas sua silhueta aparece caso esteja andando, atacando ou o inimigo chegar perto. Batou tem um lança míssil em seu braço, matando em um hit quando atingir qualquer inimigo. Togusa possui um drone que cega e eletrocuta os inimigos, porém, também pode cegar o próprio jogador e os aliados, caso estejam perto da explosão. Saito possui um sensor que mostra a posição dos inimigos. Ishikawa tem uma sentinela, ela fica fixa e atira em qualquer inimigo que aparecer em sua área. Paz (ou Pazu, para os mais chegados) tem aumento de velocidade. E Borma, que aumenta a defesa da armadura.
Alguns personagens não são tão conhecidos do grande publico, mas estão aqui para formar o time também. Maven, a segunda mulher do grupo e exclusiva do game, cria uma barreira de proteção que ajudam no meio das batalhas. Kuro tem um gerador de eletricidade fazendo com que os inimigos atingidos fiquem lentos por um curto período de tempo.
O mais interessante é que você sempre será os personagens principais, e os inimigos sempre serão os hackers. Eu achei uma forma interessante de fazer essa divisão de times, até porque enquanto estiver jogando, você não sabe que tipo de skill tem seu inimigo, assim como ele não sabe qual é a sua.
É um jogo divertido e que não te faz passar raiva. Uma boa alternativa caso você ou seus amigos não possam ter jogos como Counter Strike, Battlefield, Call of Duty, etc, já que é gratuito. Sei que essa matéria poderá ficar desatualizada rápido, já que o jogo é novo, e imagino que sofrerá algumas alterações. De qualquer forma, vale a pena sim jogar e se divertir por um tempo. Não posso deixar de citar que você pode pular o tutorial e jogá-lo mais tarde, caso ache necessário.