Era uma vez uma menina chamada Alice. Um dia ela viu um coelho doido e o seguiu até uma toca. Lá, ela caiu em um buraco e foi parar em um mundo mais louco que as drogas poderiam levá-la. As coisas poderiam ser bonitas assim, mas a mente perturbada de uma garota após um acidente horrível com sua família pode por abaixo toda a fantasia que conhecemos.
Lançado em 2011, desenvolvida pela American McGee em parceria com a Spicy Horse, Alice Madness Returns é a sequência de Amerian McGee's Alice, este lançado para Windows e Mac em 2000. Madness Returns demonstra como a garota ficou após os acontecimentos do jogo anterior. Inicialmente digo que não é um jogo lindo e maravilho cheio de fru fru e arco-íris que saem da bunda de unicórnios, o enredo é bem profundo e envolvente, sombrio o suficiente para querer fazê-lo jogar até o final, em busca de respostas.
História
Lançado em 2011, desenvolvida pela American McGee em parceria com a Spicy Horse, Alice Madness Returns é a sequência de Amerian McGee's Alice, este lançado para Windows e Mac em 2000. Madness Returns demonstra como a garota ficou após os acontecimentos do jogo anterior. Inicialmente digo que não é um jogo lindo e maravilho cheio de fru fru e arco-íris que saem da bunda de unicórnios, o enredo é bem profundo e envolvente, sombrio o suficiente para querer fazê-lo jogar até o final, em busca de respostas.
História

Após sofrer algumas alucinações, Alice volta para o Wonderland, em busca de conforto e tranquilidade, mas encontra um mundo caótico causado por sua mente perturbada, e descobre que há uma nova ameaça que está inquietando todos os estranhos moradores desse mundo, obrigando agora Alice a ir atrás do que todos estão chamando de “Trem Infernal”, assim como descobrir o que realmente aconteceu no dia do incêndio e se agarrar ao resto sua sanidade.
Sobre o Jogo

A história é um dos pontos fortes do jogo, a exploração na mente insana de Alice é de tal envolvimento que acabamos refletindo sobre tudo o que aconteceu, teorizando significados para os monstros, para os cenários e situações, além de diálogos e lembranças que descobrimos no decorrer do jogo.

Um dos pontos fortes do jogo é seu visual, há vários cenários belos, macabros, bem construídos e detalhados. Destaque para o capítulo 5, a casa das bonecas, um tanto quanto sinistro, mas muito significativo.
O combate pode ser classificado como bom, e cada inimigo exige uma estratégia diferente, assim como uma arma certa para ser utilizada, o que acaba tornando todas elas úteis. Em contrapartida, os inimigos acabam sendo repetitivos, e não há exatamente um chefão, além do “Trem Infernal”, ou seja, não espere chegar no final da fase e enfrentar um chefão, pois você poderá se decepcionar se criar expectativas. Durante as fases haverão inimigos fortes que podem dar um trabalho digno, como por exemplo o Executoner, uma carta de baralho carrasco. Temos somente quatro armas nesse jogo, uma distrativa e um “escudo”, e claro, temos a famosa Vorpal Blade, sua fiel faca tramontina, com um dos golpes mais rápidos e mortais da garota gótica.
Como dito anteriormente, o jogo é de plataforma e linear, e um de seus maiores pecados é a repetividade dos quebra-cabeças e desafios, além de uma das fases ser estendida demais. Quando joguei e cheguei no bendito capítulo 3, que parecia infinito graças a repetição de necessária de elementos, enquanto o capítulo 5, mesmo sendo estendido, mudava os cenários e passava a mesma angustia que a personagem sentia.
Mas mesmo esse defeito não compromete na história do jogo. Alice é uma personagem bem modelada, e sentimos a diferença quando estamos no mundo real e no Wonderland, principalmente pelos cabelos. No mundo real, ele é preso, não há tanto movimento. Já no Wonderland, o cabelo é feito fio a fio, uma coisa linda de se ver, já que eles esvoaçam na movimentação. Assim como as variadas roupas, cada uma com o tema do lugar em que estão, além das DLCs para adquirir outras roupas, deixando o repertório muito lindo e detalhado.
Os personagens que compõe o mundo também não podem ser deixados de lado. Figuras como o Chapeleiro Maluco, arrebentado e com cicatrizes, o Ratão e a Lebre, ambos modificados e com partes mecânicas no corpo, sequelas da investida do Chapeleiro no primeiro jogo, e revoltados com ele. A Lagarta, grande e majestosa, sem falar da rainha, que ao contrário daquela vista no primeiro jogo, que era um ser enorme e alienígena, agora tem a cara da irmã mais velha de Alice, mesmo ainda vivendo em seu castelo de carne. O temperamento e comportamento de cada um deles mostram como Alice hoje os vê, um arrependido pelo passado, outro querendo vingança pelo seu antigo carrasco, alguém querendo ajudá-la como gratidão, etc. Mas o mais impressionante ainda é o Cheshire. Magro, sua pele definindo sua ossada, seu sorriso que o deixa com cara psicopata. Mesmo sendo um mentor importante para Alice nesse jogo, não deixa de ser perturbador.

Curiosidade: o jogo não possui game over, mas foi cogitado que a cada morte no Wonderland, Alice teria um tipo de óbito no mundo real. Não sei porque tiraram, já que parecia um elemento interessante. Mesmo assim, pular entre as plataformas e enfrentar os inimigos não se tornam fácil. Um deslize e você se vê no checkpoint anterior.
Alice Madness Returns vale a pena pela sua fascinante e tenebrosa história.
Alice Madness Returns vale a pena pela sua fascinante e tenebrosa história.